E não é que aquela desculpa de que comprar uma bela it béguis na verdade é um ótimo investimento – e não o contrário – realmente tem fundamento?! A constatação mara veio do papo com Sarah Davis, fundadora do Fashionphile.
O site existe desde 1999 e é um dos maiores do mundo em vender e comprar bolsas de luxo usadas, por isso da conversa com Sarah surgiram também vários outros fatos bem interessantes. Por exemplo, como começa o interesse por bags de luxo? Tipo aquela primeira vontadinha. Segundo as informações do site a americana Coach funciona como uma “porta de entrada” para as bolsas de luxo. Daí as compradoras vão para Louis Vuitton, geralmente alguma peça com monograma, depois para Chanel, “e antes que percebam estão desejando uma Hermès”, contou Sarah. OMG, como ela adivinhou?! kkkk
Dá uma olhada nesse resumo da ópera no “infobag” abaixo! kkk
Interessante, né? O fato é que olhando dados de sites de compras como estes mais de perto deixa traçar um perfil bem real do comportamento dos consumidores, algo que é super valioso para as marcas. Por exemplo, apesar dessa “evolução” nas compras (muito ligada também ao poder econômico em questão), dá pra dizer também que rola uma grande fidelidade às grifes no mercado de luxo. “Tenho certeza que os empresários da Louis Vuitton ou Gucci ficariam encantados de ouvir que muitas pessoas são leais à marca. Elas querem uma marca especial, que fale com elas, e vão ficar com essa grife por um tempo”, disse Sarah.
Além disso, é possível estabelecer o tempo que uma peça que acabou de ser lançada leva para chegar às prateleiras do “brechó de luxo”. No caso do FP, não é raro que alguns itens cheguem ao site praticamente no mesmo dia em que aterrissam nas lojas. “Teve uma edição limitada da Louis Vuitton, a Stephen Sprouse Graffiti de rosas que já estavam todas esgotadas só na lista de espera. Uma de nossas clientes comprou assim, mas quando foi buscar não gostou. Ela trouxe pra gente e nós vendemos por um preço maior que o de varejo, porque era impossível de conseguir!”, revela Sarah. Essa rapidez acontece muito também com coleções de lojas de fast fashion em parceria com estilistas bombados, como foi o caso da Isabel Marant para H&M. Esgotou tudinho nas lojas, mas no mesmo dia já tinha quase que a coleção toda a precinhos mais valorizados no eBay!
Do lado de quem compra, como mostra o info aí em cima, observar esses sites ajuda a fazer um belo investimento (tipo analisar tabela de carro antes de comprar para ter a menor desvalorização possível depois): sua bolsa pode não só não perder muito de seu valor como quem sabe até mesmo aumentar os dígitos na hora da revenda!
“Digamos que você comprou uma Louis Vuitton Speedy 25 nos anos 80 por $ 250 (era este o preço!). A mesma bolsa é vendida hoje por $ 800! Mesmo se já estiver mais gasta, conseguiríamos vender por mais de $ 500”, explica Sarah. Uau, hein? Olha as Becky Blooms pensando no bazar pra deixar as contas no azul! kkk
“Cores, estilos e marcas atemporais são um investimento real. Ícones da Chanel, como a mini flap, a jumbo, Grand Shopping Tote e a Wallet on Chain são certeiros para isso. Você preservará seu investimento muito bem. O mesmo vale para os clássicos da Louis Vuitton”, enumera.
Dessa forma, os modelos mais maluquetes devem ficar de fora da lista de quem pensa na bolsa como um investimento. “As pessoas nos falam o tempo todo ‘paguei $ 2800 nessa baguette de couro de lagarto, como você pode vender por apenas $ 500?’ e nós dizemos: é isso que o mercado vai pagar! Se já tem a revenda em mente, você tem que comprar uma bolsa clássica”.
De modo geral, no top 5 das grifes mais procuradas no FP estão a Chanel, Louis Vuitton (Neverfull especialmente), Hermès (destaque para a Kelly), Céline e Goyard (St. Louis). Para checar a popularidade de tal marca, é possível ver também quais são as mais registradas na parte de alertas do site, ou seja, se chegou bolsa da grife X, você recebe um hello!
E o melhor é que o $$ que se ganha revendendo as bolsas pode se reverter em outras! kkk “É divertido ver o ciclo das bolsas. Depois de vender pra gente, a pessoa usa o dinheiro para comprar outra bolsa daqui mesmo. Aí usam essa por um tempo e então enviam de volta pra gente, compram outra bolsa… É incrível. Em um ano, nossa média é de duas bolsas por cliente”, comenta Sarah.
Do ponto de vista dos negócios, é interessante também checar os países que mais compram as bolsas de luxo usadas. No caso do FP, neste ranking estão EUA, Austrália, Canadá, Inglaterra e Cingapura. Surpresa ver tão pouco de Europa, né? Mas aí entram em cena os fatores econômicos, dificuldades na entrega e tudo aquilo mais que pode ajudar muito um investidor na hora de expandir seus negócios pelo mundo.
- É isso, meninas! Curtiram saber mais sobre as bolsas como um investimento? Agora os boys não podem mais falar das nossas comprinhas! kkkkk